Mudança adaptativa

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Comparação entre crânios de Thylacinus cynocephalus e de Canis lupus.

A mudança adaptativa é o processo através do qual as características dos organismos em populações mudam ao longo de gerações sucessivas, por meio de variação genética e seleção natural. O resultado do processo pode ser mínimo ou substancial; ele abarca tudo, desde pequenas mudanças dentro de uma espécie a alterações sucessivas que levam à diversificação dos organismos em inúmeras espécies singulares.

Os cientistas criacionistas aceitam a quantidade observável de mudança que ocorre nos organismos vivos, mas contestam a afirmação dos darwinistas de que esse processo levou à existência de toda a vida na Terra. A mudança nas populações não deve ser confundida com a teoria geral da evolução, que defende a ancestralidade comum universal. Além do mais, mudanças como a metamorfose ou o desenvolvimento embrionário não são consideradas adaptativas ou evolutivas. A mudança adaptativa transcende o tempo de vida de um indivíduo único e é melhor resumida como as mudanças que são herdadas por meio da informação genética de uma geração para a seguinte.

Os evolucionistas frequentemente chamam a mudança adaptativa de evolução biológica, que definem como "mudanças nas frequências dos genes em populações."[1] Um ponto de confusão frequente é gerado porque muitos evolucionistas usam o termo evolução biológica para se referir tanto ao processo de mudança, como também à teoria da origem comum dos organismos vivos (ver: Ambiguidade). Observe a seguinte definição do Talk.Origins.

A evolução biológica é uma alteração nas características genéticas de uma população ao longo do tempo. Que isso acontece é um fato. A evolução biológica também se refere à origem comum dos organismos vivos a partir de ancestrais compartilhados.[2]

Entretanto, uma vez que esse aspecto da teoria da evolução é altamente teórico e não apoiado por observações reais, ele é melhor abordado neste site como parte dos artigos sobre a teoria geral da evolução ou sobre o darwinismo. Os criacionistas reconhecem o processo de mudança nas populações, mas insistem que a afirmação de ancestralidade comum universal do darwinismo é uma farsa, contrariada por enormes quantidades de evidências científicas.

Visões

Quando interpretada através das cosmovisões teísta e ateísta, as mudanças observadas em populações têm variado poder explicativo. O darwinismo sustenta que cada característica de cada organismo surgiu através de variação genética e seleção natural. Em contraste, os criacionistas acreditam que os processos de mudança podem explicar algumas características, mas que outras têm marcas de design inteligente. Os criacionistas e os evolucionistas também discordam fortemente em relação à origem do processo de mudança: isto é, como a vida passou a ter a capacidade de se reproduzir e variar ao longo de gerações.

Criação

Os cientistas criacionistas creditam as principais características estruturais à criação de Deus, e a variação dentro dessa estrutura ao processo de mudança adaptativa. O processo de mudança adaptativa só pode existir em organismos já capazes de se reproduzir, e cada um somente parece capaz de mudar apenas dentro dos limites de sua organização original. Por exemplo, a mudança adaptativa pode conduzir a uma alteração no tamanho do bico de uma ave ou a uma alteração no tom de pele de uma população, adicionar pelo, e de outra forma permitir que o organismo se adapte e encontre o seu nicho. Ela não pode explicar processos biológicos principais irredutivelmente complexos, como a reprodução sexual ou a coagulação do sangue. Também não pode explicar predições como a evolução de peixes para anfíbios ou de símios para humanos.

Os criacionistas acreditam que a vida foi criada e intencionalmente dada a capacidade de mudança. Assim, a capacidade para se reproduzir e variar é ela mesma creditada ao ato criativo de Deus. Deus dotou a vida com a capacidade de mudança para que ela pudesse prosperar e se espalhar pela Terra: para que ela pudesse se adaptar às condições em mudança. Os criacionistas veem a recombinação genética como forte evidência para isso: especificamente, o fato de que certas áreas do genoma (como aquelas que controlam a forma do corpo) variam muito, enquanto outras (como as que controlam o funcionamento das organelas celulares como a mitocôndria) variam pouco ou nada, indica que existe algum mecanismo de orientação do próprio processo de variação, fazendo com que o genoma varie onde a variação é útil, e permaneça praticamente inalterado onde a variação mais provavelmente seria prejudicial.

Darwinismo

Quando nos referimos à mudança adaptativa, é importante fazermos uma distinção clara entre o processo que induz à mudança de uma população e a ancestralidade comum como suposta pelo darwinismo. A mudança nas populações em si é um fato óbvio, observável e empírico de que os organismos variam geneticamente e morfologicamente ao longo de sucessivas gerações. Por outro lado, o darwinismo é a especulação histórica de que a vida se originou naturalisticamente sem qualquer ato criativo (abiogênese), de que toda a vida na Terra é aparentada (origem comum), e que toda a complexidade, adaptabilidade e arte da vida na Terra são unicamente devidas a mudanças aleatórias e seleção natural. O darwinismo mantém que a capacidade da vida para a adaptação surgiu pelo acaso e pela seleção natural. A teoria da evolução, que inclui as visões darwinistas sobre a mudança adaptativa, também afirma que produtos químicos, movendo-se aleatoriamente, chegaram a uma configuração que lhes permitia reproduzir, o que em última análise levou à primeira célula.

Microevolução

A microevolução é um quantum de mudança que é apoiado por observações de organismos vivos. Ela descreve as variedades que se desenvolvem numa população, que são devidas a alterações na frequência dos genes ao longo do tempo. O termo microevolução normalmente se refere às mudanças de pequena escala em organismos dentro da mesma espécie, que podem levar a uma subespécie ou mesmo a novas espécies. Tal processo é consistente com a visão criacionista e apoia a diversificação dos tipos bíblicos após o dilúvio de Noé.

O termo microevolução, contudo, afirma que, ao longo do tempo, novo material genético está sendo fabricado, mas somente dentro da família ou tipo. Um exemplo seriam os tentilhões de Darwin e sua variedade de bicos. A microevolução pressupõe um ponto de partida de uma forma de bico inicial, enquanto todas as outras formas são uma função do novo material genético. No entanto, em um modelo em que o genoma do tentilhão é pré-construído como altamente adaptável, os alelos já estão presentes para apoiar a grande variedade de bicos. Isso permite que os tentilhões se diversifiquem rapidamente em muitas variedades diferentes, em um curto período de tempo, enquanto continuam a alavancar as frequências alélicas para atingir esse fim. A microevolução que requer novo material genético é um mecanismo muito mais lento. Ao discutir o assunto, é importante se centrar na adaptação como o mecanismo e que a capacidade de adaptação é pré-construída. Os genes ativamente se adaptam ao ambiente passivo, ao invés do ambiente agir para provocar mudança nos genes que seriam de outra forma passivos.

É importante notar que a variação observada nos organismos vivos é limitada. Isso foi exemplificado por séculos de história de criação doméstica. Existem hoje muitas variedades de cães, mas eles permanecem cães. Há muitas variações de animais como cavalos e vacas, mas novamente eles são simplesmente variedades de tipos distintos. Essa diversificação não necessariamente ou inerentemente conduzirá alguém ao conceito de que todos os seres vivos vieram de um ancestral comum. Uma filosofia ateísta foi responsável por tal conclusão.

A microevolução se distingue da macroevolução, que é uma mudança de escala maior, que resulta na formação de grupos taxonômicos superiores. Deve-se notar, no entanto, que muitos criacionistas advertem contra o uso desses termos ao debater a questão. Como o Creation Ministries International tem apontado, esses termos focam no tamanho da mudança, enquanto que a questão realmente importante é a direção da mudança.[3]

De acordo com o Museu de Paleontologia da Universidade da Califórnia:

"Microevolução é a evolução em pequena escala — dentro de uma única população. Isso significa estreitar nosso foco para um ramo da árvore da vida. Se você pudesse aumentar o zoom em um ramo na escala da árvore vida — os insetos, por exemplo — você veria outra filogenia relacionando todas as diferentes linhagens de insetos. Se você continuar a ampliar, selecionando o ramo que representa os besouros, você veria outra filogenia, relacionando diferentes espécies de besouros. "[4]

A Scientific American faz a seguinte distinção:

Microevolução olha para as mudanças dentro das espécies ao longo do tempo—mudanças que podem ser prelúdios para a especiação, a origem de novas espécies. A macroevolução estuda como grupos taxonômicos acima do nível de espécie mudam. Sua evidência se retira frequentemente a partir do registro fóssil e comparações do DNA para se reconstruir como vários organismos podem estar aparentados.[5]

Macroevolução

A macroevolução é um processo puramente teórico que pensa-se produzir mudanças evolutivas relativamente grandes (macro) nos organismos biológicos. O termo é usado em contraste com pequenas mudanças (microevolução), e é mais comumente definido como "evolução acima do nível de espécie". A macroevolução não pode ser observada diretamente, mas em vez disso é estudada através da análise de fósseis (paleontologia) e das semelhanças e diferenças na anatomia de organismos (morfologia comparativa).[6].

Pensa-se que ela fornece o mecanismo pelo qual um táxon original (isto é, filo ou classe) pode mudar o suficiente para resultar em novos filos ou classes descendentes. O desenvolvimento de novos grupos taxonômicos requer novos tipos de estruturas (morfologia) e funções.[7]

De acordo com o Museu de Paleontologia da University of California:

"Macroevolução é a evolução em grande escala — o que vemos quando olhamos para a história mais abrangente da vida: estabilidade, mudança, linhagens surgindo, e extinção."[8]

"Macroevolução geralmente se refere à evolução acima do nível de espécie. Então, ao invés de se concentrar em uma espécie individual de besouro, uma lente macroevolutiva pode exigir que diminuamos o zoom na árvore da vida, para avaliar a diversidade de todo o clado besouro e sua posição na árvore."[9]

O conceito de macroevolução foi apresentado devido à ausência de formas de transição entre táxons mais elevados (isto é, filos, classes), o que está em contraste gritante com as expectativas do gradualismo darwinista. Por conseguinte, foi proposta como um mecanismo responsável pelos padrões de grande escala da evolução, que são distintos dos fatores genéticos de pequena escala que contribuem para a mudança gradual dentro das populações. Essas mudanças de menor porte são aquelas definidas como microevolução.[10]

Processos

A mudança nos seres vivos envolve o seguinte como mecanismos explicativos: Variabilidade genética, seleção natural e especiação.

Variabilidade genética

A recombinação genética abrange um número de mecanismos pelos quais o ADN é reembaralhado a cada geração, de modo que os filhos são geneticamente diferentes dos pais. Ela inclui tanto a reorganização dos genes que ocorre na reprodução sexuada como a criação de novos alelos. Ela é a fonte primária da diversidade genética e da variação em pools genéticos.

Os fatos observáveis ​​da recombinação genética não estão em disputa entre os criacionistas e os evolucionistas. Na verdade, os princípios da hereditariedade e da recombinação foram descobertos por Gregor Mendel, que era criacionista, monge e cientista. Pesquisas posteriores determinaram que a recombinação ocorre mesmo abaixo do nível do gene, de modo que novos alelos podem ser formados pelo novo embaralhamento do material genético.

Evolucionistas e criacionistas discordam, porém, em relação à natureza dessa reorganização. Os evolucionistas as veem como mutações aleatórias, acidentais. Os criacionistas, por outro lado, acreditam que os organismos foram concebidos com a capacidade de reorganização do material genético para introduzir diversidade genética a um pool de genes.

Em apoio a sua visão, os criacionistas apontam para o fato observável de que a recombinação genética não ocorre ao acaso. Pelo contrário, algumas seções do código genético variam e recombinam bastante, enquanto outras seções variam pouco ou nada. Seções que variam bastante incluem a cor da pele, a altura, a massa muscular, a inteligência, etc. Seções que não variam muito, se variam de alguma forma, incluem aquelas controlando o metabolismo, a estrutura celular, e semelhantes componentes estruturais, fundamentais. Os criacionistas argumentam que se variação fosse ao acaso, então esperaríamos ver variação a uma taxa igual em todo o genoma. Eles argumentam que o fato de que a recombinação ocorre em um padrão não aleatório indica que há algum mecanismo controlando a variação para permiti-la apenas em locais que são vantajosos para o genoma, uma possibilidade que apoia a hipótese criacionista.[11]

Seleção natural

Traços são encontrados existindo dentro de uma população em uma variedade de formas, e essas diferenças vão proporcionar aos indivíduos uma chance maior ou menor de sucesso. Se a característica é benéfica ao organismo, então os seus genes serão passados para a próxima geração em uma frequência mais elevada, ou vice-versa, se o traço for prejudicial. Diz-se que isso é a "seleção natural" de um traço.

O fato de que a seleção natural acontece não está aberto para disputa. Os organismos se adaptam ao seu ambiente, e o papel da seleção natural nesse processo é certo. No entanto, os evolucionistas não veem a informação genética nem os mecanismos celulares responsáveis ​​pela diversidade genética como o resultado de design inteligente. O neodarwinismo assume que mutações aleatórias são responsáveis ​​por essa informação ou a variabilidade da qual a natureza seleciona.

Especiação

Os criacionistas concordariam também com os biólogos evolutivos que os processos de recombinação genética e seleção natural podem resultar na formação de novas espécies. Na verdade, os criacionistas acreditam que uma mudança extremamente rápida nos seres vivos ocorreu após o dilúvio, para criar as espécies que vemos hoje a partir do menor número de espécies que estavam na arca.

Os criacionistas se encontram em desacordo com os evolucionistas em relação à abiogênese naturalista e à origem comum. Esses aspectos da teoria da evolução simplesmente não são apoiados pelo método científico, e são em grande parte o resultado da filosofia ateísta. Como tal, a crença de que a variação e a seleção sozinhas são responsáveis por todos os organismos na Terra é melhor classificada como evolucionismo.

Exemplos

Há muitos exemplos de mudanças adaptativas em populações vivas que foram usados em apoio à teoria da evolução ou à ancestralidade comum, mas nenhum que demonstre a evolução de um tipo de organismo para outro. Além disso, muitos exemplos demonstraram que tal adaptação pode ocorrer muito rapidamente e muitas vezes envolve a perda de informação genética.

Por exemplo, a adaptação do bico dos tentilhões de Galápagos ("tentilhões de Darwin") ajudou Darwin a postular sua teoria da evolução pela seleção natural. No entanto, pesquisa recente determinou que mudanças climáticas podem estimular uma notável mudança adaptativa incrivelmente rápida - em poucas décadas - um processo que acaba por ser surpreendentemente complexo, como notado pelo seguinte artigo da revista Science.[12]

A evolução se mostrou previsível a curto prazo, mas imprevisível ao longo de décadas, eles relatam. A mudança climática foi uma influência poderosa guiando a evolução dos tentilhões--e seus efeitos acabam por ser surpreendentemente complexos. Darwin's Avian Muses Continue to Evolve Science 26 de Abril de 2002: 633

Embora as variações no tamanho do bico que Darwin testemunhou demonstrem adaptação, isso não oferece o apoio necessário para que a evolução ou a origem comum sejam verdadeiras. Além disso, as mudanças observadas nos tentilhões ocorrem ao longo de períodos curtos de tempo, o que é mais favorável às previsões criacionistas de diversificação rápida desde o dilúvio, ao invés de evolução através de mutações ao longo de milhões de anos.

O problema é que Darwin ... ensinou que essa adaptação poderia explicar a teoria geral da evolução (TGE). Mas a variação do bico do tentilhão é apenas o resultado da seleção de informação genética existente, enquanto que a TGE requer novas informações.[13]

Jonathan Sarfati oferece outros exemplos em seu livro Refuting Evolution 2:

Há outros exemplos relacionados, por exemplo, uma maneira em que a bactéria Staphylococcus torna-se resistente à penicilina é através de uma mutação que inabilita um gene de controle da produção de penicilinase, uma enzima que destrói a penicilina. Quando se tem essa mutação, a bactéria sobre-produz essa enzima, o que significa que ela é resistente a grandes quantidades de penicilina. Mas na natureza essa bactéria mutante é menos apta, porque desperdiça recursos ao produzir penicilinase desnecessária.

Outro exemplo é uma raça de gado chamada Belga Azul. Ela é muito valiosa para os produtores de carne porque tem 20-30% mais massa muscular do que o gado médio, e sua carne é mais baixa em gordura e muito tenra. Normalmente, o crescimento muscular é regulado por uma série de proteínas, como a miostatina. No entanto, Belgas Azuis têm uma mutação que desativa o gene da miostatina, de modo que os músculos crescem de forma descontrolada e ficam muito grandes. Essa mutação tem um custo, na fertilidade reduzida. Uma mutação diferente do mesmo gene é também responsável pelo muito muscular gado Piemontês. Engenheiros genéticos produziram ratos musculares pelo mesmo princípio.[13]

Taxas adaptativas rápidas

Se o mundo é tão antigo quanto é comumente alegado, deveríamos ver os animais hoje se adaptando a uma taxa consistente com isso, ao longo de milhares e milhões de anos. É por isso que é chocante para a comunidade científica que a evidência acumulada mostre, antes, que adaptação ocorre ao longo de décadas, ao invés de milhares e milhões de anos. David Skelly da Yale University observou que as taxas adaptativas são muito mais rápidas do que aquelas presumidas pela teoria da evolução:

A ecologia está sendo transformada pelo reconhecimento de que as escalas de tempo ecológicas e evolutivas não são facilmente diferenciadas. Uma revisão de 1999 das taxas evolutivas feita por Andrew Hendry e Mike Kinnison (The pace of modern life: measuring rates of contemporary microevolution. Evolution 53:1637-1653) forneceram a conclusão surpreendente de que as taxas de evolução contemporânea são muito mais rápidas do que geralmente se reconhece... Nosso trabalho revela que uma série de características, incluindo a máxima térmica crítica, a taxa de desenvolvimento embrionário, e o comportamento de preferência térmica, todos mostram uma variação de acordo com a adaptação local que ocorre na escala de décadas e dezenas de metros. Essas descobertas oferecem uma imagem surpreendentemente diferente das interações entre organismos e seu ambiente levando-nos a repensar, em sentido mais amplo, como devemos conceber as assembléias ecológicas.[14]

O 'Sapo Tóxico' da Austrália

Em um dos casos mais amplamente divulgados de mudança adaptativa rápida inesperada, os sapos-cururus australianos (Rhinella marina) desafiaram as previsões feitas por especialistas com base na teoria evolutiva sobre como eles iriam reagir depois de serem introduzidos na Austrália. Dentro de décadas, eles desenvolveram pernas mais longas e tolerância ao calor, correndo descontroladamente e causando estragos para a vida selvagem; e instituindo uma catástrofe nacional para o continente.

Os processos evolutivos gerados pela invasão do sapo cururu ocorreram em um período de apenas 70 anos. Isso adiciona à evidência das últimas duas décadas de que as populações podem se adaptar rapidamente quando a pressão de seleção é forte. 'Somos ensinados que a evolução ocorre ao longo desses quadros de tempo muito, muito longos. Mas, em sistemas como esses, é incrivelmente rápida,' disse Shine, o coautor do estudo.[15]
'De repente, nos últimos 10 anos ele muda,' disse Skelly. 'Eles estão se movendo para áreas onde o ambiente físico não é como qualquer coisa em sua área nativa.' Isso implica que os sapos-cururus evoluíram mais tolerância para os climas mais quentes que estão enfrentando agora. Isso está no topo da descoberta no ano passado de que os sapos na vanguarda da invasão tinham evoluído pernas mais longas do que aqueles do interior de sua mesma gama. A capacidade dos animais de evoluir tão rapidamente precisa ser tida em conta em invasões, ou os perigos de espécies invasoras serão provavelmente subestimados, argumentam Skelly e seus colegas Mark Urban, Ben Phillips e Richard Shine em um artigo da edição de 28 de março da Proceedings of the Royal Society-B.[16]

Lagartos italianos de parede

Em 1971, cientistas introduziram cinco pares de lagartos italianos de parede (Podarcis sicula) em uma pequena ilha ao largo da costa da Croácia. No entanto, a Guerra de Independência da Croácia impediu os cientistas de voltarem à ilha por mais de 30 anos. Quando a guerra terminou, o turismo finalmente recomeçou em 2004, o que lhes permitiu voltar. Os pesquisadores não tinham certeza se os lagartos ainda estariam vivos. Em vez disso, eles descobriram a ilha repleta de lagartos, que o teste genético mostrou serem descendentes dos cinco pares originais. Os novos lagartos tinham eliminado populações de lagartos nativos evoluindo válvulas cecais, músculos entre os intestinos grosso e delgado, com os quais passaram a digerir a vegetação nativa, uma estrutura do estômago expandida, bem como uma mordida mais forte.

Lagartos de parede italianos introduzidos a uma pequena ilha ao largo da costa da Croácia estão evoluindo de maneiras que normalmente levariam milhões de anos para acontecer, mostra nova pesquisa. Em apenas algumas décadas os lagartos de 5 polegadas de comprimento (13 centímetros de comprimento) desenvolveram uma estrutura completamente nova do intestino, cabeças maiores, e uma mordida mais forte, dizem os pesquisadores... Tal transformação física em apenas 30 gerações de lagartos levou a evolução a um nível totalmente novo, Irschick disse. Ela seria semelhante aos seres humanos evoluindo e crescendo um novo apêndice em várias centenas de anos, disse ele. 'Isso é incomparável. O mais importante é o quão rápido isso é,' ele disse.[17]

Evolucionistas citam esse caso como prova de evolução em larga escala observada em pouco tempo. Porém, a sequência de DNA dos novos lagartos parece idêntica à dos que foram introduzidos originalmente na ilha, o que significa que provavelmente a informação genética para as novas adaptações já existiam nos lagartos desde o início.[18] Portanto, o caso não dá nenhum apoio à teoria da evolução, que requer a origem randômica de novas informações genéticas.

Don Batten comentou:

É significativo que a válvula cecal está presente em outros lagartos herbívoros nessa família (Lacertidae), então não é surpresa que essa espécie em particular tenha a habilidade de produzir válvulas cecais sob certas condições.[19][20]

Este é um caso de adaptação programada, em que o animal seleciona qual parte do DNA será usada e qual parte não será, ou seja, os genes são "ligados" ou "desligados" de acordo com a necessidade.[21]

Adaptação de plantas

Ao contrário das previsões teóricas com base na teoria da evolução, os genomas das angiospermas Silene (uma planta com flor) se adaptaram muito mais rapidamente do que se esperava, como relatado na edição de janeiro de 2012 da PLoS Biology. Pesquisadores estão agora tentando encontrar uma explicação de por que tal adaptação rápida está ocorrendo, e um novo modelo que vai evitar tais surpresas no futuro.

Ao contrário das previsões teóricas, esses genomas experimentaram uma grande proliferação de conteúdo não-codificante... A evolução da taxa de mutação, tamanho do genoma, e estrutura dos cromossomos pode, portanto, ser extremamente rápida e inter-relacionada de formas não previstas pelas teorias evolutivas atuais... Nós discutimos as implicações da diversidade sem precedentes do genoma mitocondrial encontrado na Silene e possíveis explicações alternativas para a rápida evolução do genoma nesse gênero.[22]

Adaptação de roedores

Um estudo de 2009 observou que roedores mudam a "taxas sem precedentes" dados alterações climáticas e crescimento da população, e que mudança adaptativa rápida em roedores vem ocorrendo há mais de um século. O artigo também observa que pesquisa sobre adaptação rápida havia sido previamente "documentada com pouca freqüência", mas que, apesar disso, mais e mais evidências estão surgindo para isso.

Nossos resultados indicam que, ao longo dos últimos 100 anos, mudança morfológica rápida em roedores ocorreu com bastante freqüência, e que essas mudanças ocorreram no continente e também nas ilhas. Nossos resultados também sugerem que essas mudanças podem ser conduzidas, ao menos em parte, pelo crescimento da população humana e por mudanças climáticas.[23]

Tipos de mudança adaptativa e de evolução biológica

  • A evolução convergente é o aparecimento independente da mesma característica em diferentes linhagens. Os evolucionistas afirmam que tais características são devido a sequências de DNA semelhantes que surgiram de forma independente, em organismos não aparentados proximamente, por mutações aleatórias e pressões seletivas semelhantes. Em contraste, os criacionistas e teóricos do design inteligente atribuem tal homoplasia ao uso repetido pelo Criador das mesmas características de projeto em diferentes organismos.[25][26] Conforme Paul Nelson e Jonathan Wells:
Uma causa inteligente pode reutilizar ou reimplantar o mesmo módulo em diferentes sistemas, sem que haja necessariamente qualquer conexão material ou física entre esses sistemas. Mesmo de forma mais simples, causas inteligentes podem gerar padrões idênticos de forma independente.[27]
  • Co-evolução - Espécies únicas que não estão relacionadas em ancestralidade mas compartilham uma história íntima devido, por exemplo, a simbiose. Por exemplo, a co-evolução de plantas com floração e polinizadores, como as abelhas.

Referências

  1. Minkoff, Eli C. Evolutionary Biology, Addison-Wesley Publishing Company, 1983. p575.
  2. Frequently asked questions and their answers. Talk.Origins, n.d. Acessado em 12 setembro de 2008.
  3. Arguments we think creationists should NOT use
  4. "Defining Microevolution." Understanding Evolution. University of California Museum of Paleontology. 15 de Abril de 2012 <http://evolution.berkeley.edu/evolibrary/article/evo_37>.
  5. 15 Answers to Creationist Nonsense Scientific American, 18 de junho de 2002.
  6. Minkoff, p264.
  7. Evolution is Partly True por R. Totten
  8. "Macroevolution." Understanding Evolution. University of California Museum of Paleontology. 15 April 2012 <http://evolution.berkeley.edu/evolibrary/article/evo_47>.
  9. "What is macroevolution?" Understanding Evolution. University of California Museum of Paleontology. 15 de abril de 2012 <http://evolution.berkeley.edu/evolibrary/article/evo_48>.
  10. macroevolution, from Wiktionary
  11. Genetic Variability by Design por Chris Ashcraft. Journal of Creation 18(2) 2004.
  12. Evolution on Fast Forward: Finches Adapt to Climates National Geographic Today, 10 de janeiro de 2002.
  13. 13,0 13,1 Sarfati, Jonathan. Refuting Evolution 2 Chapter 4 - Argument: Natural selection leads to speciation. Greenforest AR: Master Books, 2002. (p76) Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "refuting2" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  14. Skelly, David K. "Rapid Evolution." Yale University. School of Forestry & Environmental Studies.
  15. Roach, John (15 de fevereiro de 2006). "Toxic Toads Evolve Longer Legs, Study Says." National Geographic.
  16. O'Hanlon, Larry (2 de abril de 2007). "Toxic Toads Evolving Quickly." DiscoveryNews.
  17. Johnson, Kimberly (21 de abril de 2008). "Lizards Rapidly Evolve After Introduction to Island." National Geographic.
  18. Lizards Undergo Rapid Evolution After Introduction To A New Home. Science Daily, 18 de abril de 2008
  19. Thinking biblically about termites and lizards. Creation Ministries International, 14 de outubro de 2012.
  20. Smith, Calvin. The good, the bad and the ugly …. Creation Ministries International, 18 de outubro de 2014.
  21. Statham, Dominic.Only the Bible explains the diversity of life. Creation 37(1):40–43—Janeiro de 2015.
  22. Sloan, D.B., Alverson, A.J., Chuckalovcak, J.P., et. al. (2012, January). "Rapid Evolution of Enormous, Multichromosomal Genomes in Flowering Plant Mitochondria with Exceptionally High Mutation Rates." In PLoS Biology. Public Library of Science.
  23. Pergams ORW, Lawler JJ (2009, April 21). "Recent and Widespread Rapid Morphological Change in Rodents." PLoS ONE 4(7): e6452. doi:10.1371/journal.pone.0006452.
  24. Introduction: Evolution Por John Pickrell. Setembro de 2006
  25. Convergent Genetic Evolution: "Surprising" Under Unguided Evolution, Expected Under Intelligent Design Postado por Casey Luskin em 1 de Setembro de 2010
  26. Implications of Genetic Convergent Evolution for Common Descent Postado por Casey Luskin em 3 de Setembro de 2010
  27. Nelson, P., Wells, J. "Homology in Biology," em Darwinism, Design, and Public Education, pg. 316

Ligações externas