Baraminologia
A Baraminologia é uma disciplina da biologia criacionista que estuda a ancestralidade da vida na Terra (biossistemática). Ela provém da pressuposição de que Deus criou muitos tipos separados de organismos, como descrito no livro bíblico de Gênesis, e usa meios científicos para determinar quais organismos pertencem ao mesmo tipo (baramin) e, em contraste, quais não são aparentados. A biossistemática criacionista nos permite entender mais claramente a verdadeira história adaptativa da vida na Terra, a qual não poderia ser conhecida de uma perspectiva naturalista.
O Baraminology Study Group (BSG) foi instrumental nessa área de pesquisa. O grupo está envolvido para promover o desenvolvimento e a pesquisa dessa estrutura teórica da biologia criacionista em um fórum de principais cientistas criacionistas nos campos relevantes.[1]
História
Em 1941, Frank Marsh cunhou a palavra "baramin." Ela foi derivada da combinação de duas palavras hebraicas – ברא, bara ("criado"), e מין, mīn ("tipo"), referindo-se ao uso da palavra "tipo" (ou "espécie", conforme versões bíblicas em português) em Gênesis 1. Embora o conceito de um tipo criado tenha se tornado comum na literatura criacionista, um "tipo" não tinha sido claramente definido. Nós agora entendemos o tipo como sendo um grupo de organismos que compartilham uma relação genética através de ancestralidade comum de uma população originalmente criada por Deus durante a Semana da Criação.
Em 1990, Kurt Wise afirmou a necessidade para uma biossistemática criacionista—um método de estudo, nomeação, e classificação de baramins. Ela foi chamada de baraminologia, que significa o estudo do baramin. Várias subdefinições de baramin foram também vistas como necessárias para discussões nesse campo. Os quatro termos, holobaramin, monobaramin, apobaramin, e polibaramin foram formalmente e publicamente introduzidos por Walter ReMine na Segunda Conferência Internacional sobre Criacionismo em Pittsburgh, na Pensilvânia, em 30 de Julho de 1990.
Tipos de Baramins

Holobaramin
Holobaramin (holo-, do Grego ὅλος, holos para "inteiro") é um grupo inteiro de formas de vida viva e/ou extinta entendido por compartilhar relação genética por ancestralidade comum. É um agrupamento que contém todos os organismos relacionados por ascendência, não excluindo qualquer um. Por exemplo, humanos são um holobaramin, mas um grupo contendo somente caucasianos e negros não é um holobaramin já que ele exclui outras raças. Outro exemplo seria os caninos, que são um holobaramin já que lobos, coiotes, cães domésticos e outros canídeos são todos descendentes de duas criaturas levadas a bordo da arca de Noé, e não há nenhuma outra criatura que seja geneticamente contínua com eles. Este termo é sinônimo com o uso de "baramin" acima e é o termo primário na baraminologia.
Monobaramin
Monobaramin (mono-, do Grego μόνος, monos para "singular" ou "único") é definido por Walter ReMine (1993, p. 444) como: um grupo contendo somente organismos relacionados por ancestralidade comum, mas não necessariamente todos eles. (Um grupo compreendendo um holobaramin inteiro ou uma porção dele). É um grupo ad hoc de organismos que compartilham ancestralidade comum. Caucasianos e negros são um monobaramin, como são qualquer grupo de um holobaramin tais como lobos, poodles, e terriers. Holobaramins contêm monobaramins; por exemplo, lobos são um monobaramin do holobaramin canino.
Apobaramin
Apobaramin (apo-, do Grego ἀπό, apo para "afastado") é um grupo consistindo da totalidade de pelo menos um holobaramin. Ele pode conter um único holobaramin ou mais do que um holobaramin, "mas deve conter a totalidade de cada um ou mais holobaramins dentro dele." (Kurt Wise, 1999–2000). Um grupo consistindo tanto de humanos como caninos é apobaramínico já que ambos os membros são holobaramins. O termo apobaramin é um termo útil especialmente durante avaliações de dois tipos de organismos (comparações de pares).
Polibaramin
Um polibaramin (poly-, do Grego πολύς, polus para "muitos") é definido como um grupo consistindo de parte de pelo menos dois holobaramins. Ele pode ser qualquer uma de numerosas misturas, que poderia conter holobaramins, monobaramins, apobaramins, e espécimes individuais. É um grupo ad hoc de organismos onde pelo menos dois dos membros devem ser não relacionados. Por exemplo: Humanos, lobos e um pato são um grupo polibaramínico. Este termo é útil para descrever tal mistura de criaturas.
Pesquisa
Baraminology Study Group
- Artigo Principal: Baraminology Study Group
O Baraminology Study Group (BSG) foi instrumental nesta área de pesquisa. Eles são uma afiliação de profissionais nas ciências biológicas e relacionadas que estão ativamente envolvidos no desenvolvimento de um quadro teórico para biossistemática dentro da biologia criacionista. O grupo publica um periódico criacionista e organiza uma conferência criacionista semi-regular para fornecer um foro para desenvolvimento posterior neste campo.[1]
HybriDatabase
- Artigo Principal: HybriDatabase
A habilidade em reproduzir é a característica-chave que indica que plantas ou animais descenderam do mesmo baramin. Para auxiliar na identificação de um baramin, uma base de dados de casos conhecidos de reprodução interespécies foi necessária (por exemplo, leão x tigre = ligre). Para atender a essa necessidade, Ashley Robinson e Todd Wood iniciaram uma base de dados da internet de referências publicadas para tais híbridos interespecíficos. Essa importante ferramenta de pesquisa da ciência da criação é chamada de HybriDatabase.[2] A base de dados, que é hospedada e mantida pelo Center for Origins Research (CORE) no Bryan College[3], contém aproximadamente 3000 registros de híbridos.[4]
Ver também
Referências
- ↑ 1,0 1,1 BSG:A Creation Biology Study Group
- ↑ Hybridatabase A searchable database of interspecific hybridization records.
- ↑ Center for Origins Research Bryan College
- ↑ HDB Development: Introduction Hybridatabase
Links Externos
- Baraminology-Classification of Created Organisms por Wayne Frair. CRSQ Vol 37 No 2 pp82-91 setembro de 2000
- A Quantitative Approach to Baraminology With Examples from the Catarrhine Primates por D. Ashley Robinson e David P. Cavanaugh. CRSQ Vol 34 No 4 Março de 1998
- Baraminology pelo Bryan College
- Baraminology por Dr. Richard Paley
- The Current Status of Baraminology por Todd Charles Wood. CRSQ Vol 43 No 3 pp 149-158 dezembro de 2006
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