Objeto transnetuniano

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Objeto transnetuniano
Diagrama da NASA mostra a distância presumida da nuvem de Oort em comparação com os planetas do sistema solar, o cinturão de Kuiper, e a órbita de Sedna.

Objetos transnetunianos ou objetos transneptunianos são objetos com semieixos maiores superiores aos do planeta Netuno.[1]

Convenções de nomenclatura

Um número significativo de astrônomos hoje insistem que todos os objetos transnetunianos, independentemente de Netuno ter qualquer influência gravitacional sobre eles, deveriam ser chamados de objetos do cinturão de Kuiper.[2][3] Porém, hoje um número crescente de astrônomos distinguem o cinturão de Kuiper de outras regiões transnetunianas, usando principalmente as características orbitais como critério para essa distinção.[4]

Considerações teóricas primárias

Como fontes de cometas

Desde 1951, quando Gerard P. Kuiper publicou sua hipótese original sobre objetos de gelo não-agregados remanescentes da nebulosa solar, astrônomos convencionais mantiveram que objetos transnetunianos, por quaisquer nomes, são a fonte de cometas, de período longo ou curto.

Origens

Astrônomos convencinais, aplicando a hipótese nebular, mantêm que todos esses objetos (exceto pela hipotética estrela Nêmesis) devem ser os restos da formação do sistema solar que não puderam se agregar em planetas. Supõe-se que a maioria desses objetos, exceto para os mais distantes do disco disperso, se moveram para suas órbitas atuais sob a influência gravitacional de Netuno.

Classes de objetos transnetunianos

Maiores objetos transnetunianos conhecidos: Éris, Plutão, 2005 FY9, 2003 EL61, Sedna e Quaoar

Objetos transnetunianos hoje pertencem a quatro classes principais (não contando os centauros, uma classe totalmente diferente de objeto):

  • O cinturão de Kuiper, contendo os objetos que permanecem entre 30 e 50 UA de distância do Sol [4]
  • O disco disperso, com objetos que contêm periélios de 30 UA ou maiores e semieixos maiores de 50 UA ou superiores [4]
  • A nuvem de Oort, a esfera hipotética e provavelmente fictícia de objetos de gelo considerada a fonte dos cometas de período longo[4]
  • Nêmesis, a estrela anã vermelha ou marrom hipotética e provavelmente fictícia, que é suposta entrar na nuvem de Oort e perturbá-la uma vez a cada 26 milhões de anos.

Descoberta e observação

O primeiro objeto transnetuniano a ser descoberto foi o planeta anão Plutão, em 1930. O próximo foi o maior satélite de Plutão, Caronte, descoberto em 1978.[5] Após a descoberta do objeto 1992 QB1, os astrônomos descobriram mais de 800 desses objetos, mas não tantos quanto alguns astrônomos previam.

A sonda foguete New Horizons, agora a caminho de Plutão, será a primeira sonda a estudar um objeto transnetuniano. Planejadores da missão esperam orientar a sonda para estudar pelo menos dois outros objetos do cinturão de Kuiper, além de Plutão.

Referências

  1. Space Topics: Trans-Neptunian Objects. The Planetary Society. Página visitada em 11 de agosto de 2012.
  2. Jewitt, David. "Kuiper Belt." University of Hawaii, n.d. Acessado em 20 de junho de 2008.
  3. Johnston, William Robert. "Trans-Neptunian Objects." 1 de outubro de 2007. Acessado em 24 de junho de 2008.
  4. 4,0 4,1 4,2 4,3 "Types of Trans-Neptunian Objects." The Planetary Society, n.d. Acessado em 24 de junho de 2008.
  5. Whitman, Justine (16 de abril de 2006). Pluto and the Kuiper Belt. Aerospaceweb.org. Página visitada em 13 de agosto de 2012.

Ligações externas