Navalha de Occam
A Navalha de Occam é um princípio de economia parcimônia, ou concisão usado na lógica e na resolução de problemas. É um princípio lógico atribuído a Guilherme de Ockham, um franciscano e filósofo do século XIV.
O princípio
O princípio da navalha está expresso na formulação em latim:
"Pluralitas non est ponenda sine necessitate" que é traduzido como: "a pluralidade não deve ser postulada desnecessáriamente".[1]
Outra formulação cunhada em 1639 por John Ponce de Cork que é:
"Entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem" que é traduzido como: "as entidades não devem ser multiplicadas além do necessário".
Este princípio foi chamado após Guilherme de Ockham (ou Occam), um franciscano e filósofo do século XIV, que freqüentemente a usava, embora ele não tenha sido o seu autor. Em Português moderno, pode ser reescrita como "uma explicação mais simples é a preferida a uma mais complicada".
Utilização adequada
Um exemplo da boa aplicação deste princípio é a escolha de leis de Kepler do movimento planetário, em preferência aos ciclo e epiciclos ptolomaicos, como explicação do movimento dos corpos celestes. A hipótese de Ptolomeu exigia constante adaptação com mais epiciclos para explicar novas observações, preservando o pressuposto filosófico de que todos os movimentos no céu eram círculos perfeitos. As leis de Kepler forneciam uma teoria muito mais simples, o qual tanto suportada pela observação quanto passível de ser descrita por uma única fórmula matemática. A formulação de Kepler era, portanto, a que deveria ser a preferida.
Uso ateísta
O princípio é frequentemente usurpado por ateus, que afirmam que todo o reino espiritual é uma hipótese desnecessária. Ao fazer isso, eles ignoram toda a experiência humana, espiritual, bem como tem que violar leis básicas científicas, como a termodinâmica. Seu erro é pois, tanto simplificar as suas hipóteses que eles acabam por não explicar nada!
Referências
- ↑ Morris, Tom. Filosofia para Dummies. Rio de Janeiro: Campus, 2000. p. 308. ISBN 85-352-0586-1